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Treinando o Equilíbrio

Uma valência física que não pode ser deixada de lado em qualquer momento da preparação física para qualquer faixa etária é o EQUILÍBRIO.



Nos meus trabalhos com idosos e mesmo com público mais jovem, costumo me utilizar de diversos exercícios como o da foto acima (o 'Dorsal Cruzado' ou 'perdigueiro') os quais estimulam a propriocepção. Este termo se refere a capacidade de perceber a localização e movimentos das partes do corpo independente da visão, mantendo o corpo em equilíbrio parado ou em movimento. Isso se dá por meio de receptores sensoriais presentes em todas as partes de nosso corpo que transmitem informações (sobre um desequilíbrio num tropeçar, por exemplo) ao sistema nervoso, resultando em reações imediatas (que nos impedirá de cair).


Os movimentos relacionados ao treinamento do equilíbrio, estimulam uma enorme cadeia muscular, em especial na região do tronco e abdome. A região do core é conhecida como centro e força e equilíbrio do corpo. Portanto, carece de atenção e planejamento nos treinos. Não a toa, nela estão presentes grande quantidade de pequenos músculos, atuando em conjunto. Articulações como joelho, tornozelo e quadril, são também de grande importância, de forma que, possuir tendões e ligamentos fortes e flexíveis possibilitam execução segura de movimentos, reduzindo potencial de lesão.


Essas informações são transmitidas ininterruptamente e estão ligadas diretamente com nossa postura desde a posição estática à execução de exercícios, por exemplo. Tendo fundamental importância na economia de energia de nosso corpo, bem como para segurança das estruturas do corpo e prevenção de lesões. Assim, treinar o equilíbrio num programa de atividade física regular possibilita uma melhor preparação para exercícios com maior grau de complexidade, diminuindo, consequentemente, os riscos de lesão e fadiga por execução incorreta e dispêndio desnecessário de energia.


Para o treinamento do equilíbrio há inúmeros exercícios que são realizados em superfície irregular, aparelhos específicos, em deslocamento e desequilíbrio. Muitos deles são bastante simples, podendo ser adaptados progressivamente de modo a incrementar o grau de dificuldade em sustentar um posição, ou movimentar-se sem desequilibrar. Porém, é necessária especial cautela ao utilizar aparelhos e plataformas instáveis. Não podemos incluir tais movimentos no programa de treino meramente por ser desafiador ou "diferentão" para posar para a selfie... Nos níveis iniciantes, é possível estimular o equilíbrio mesmo sem utilização de aparelhos, deixando estes para uma progressão mais adequada do treinamento.


Na prática esportiva, o equilíbrio por vezes é uma característica fundamental para o bom desempenho. Modalidades como ciclismo, skate, patins, dança, parkour, ginástica. entra tantas outras, são excelentes oportunidades de práticas físicas que estimulam e exigem bastante equilíbrio. Se optar por práticas menos radicais, yoga, tai chi chuan, pilates, podem ser ainda outras boas opções.


Importante redobrar o cuidado ao lidar com indivíduos idosos. O profissional de educação física por perto faz-se indispensável. Mas os ganhos neste sentido para este grupo em especial é de uma importância sem igual para a qualidade de vida na melhor idade.

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