Se você entrar agora em qualquer academia, verá alguém fazendo algum exercício "para crescer o bumbum", as chances são bem maiores inclusive de ser uma mulher fazendo isso. Os brasileiros de forma geral tem uma atenção especial a essa parte do corpo. De fato, pernas e glúteos bem trabalhados, esteticamente falando contribuem bastante com as proporções e simetria considerados ideais para um "corpo bonito", tanto em homens como mulheres. Não raro, por isso, há tanto apelo por resultados estéticos rápidos, que levam ao uso de esteroides e até recursos cirúrgicos.
Se o visual externo de um bumbum hipertrofiado agrada, essa beleza pode ser incrementada com os benefícios para a saúde adquiridos com essa musculatura bem trabalhada. A região do bumbum é composta por um complexo de músculos grandes e resistentes que se conectam com outras estruturas importantes da coxa, pelve e coluna vertebral. Assim, os músculos glúteos são responsáveis pela estabilização e equilíbrio de nosso corpo em movimentos como andar, correr, saltar, chutar, mudar de direção, sentar, levantar, etc. Quando mal desenvolvida, dores e lesões podem aparecer, doenças da coluna, incontinência urinária e até o desempenho sexual podem ser afetados.
Dada sua estrutura complexa, suas muitas funções e o grande trabalho a que são submetidos durante todo o dia, é natural que eles exijam um pouco mais para responder bem aos treinos. Hipertrofiar essa região, exige cargas elevadas, amplitude de movimento alta, descanso e... paciência. Para tanto, é preciso disciplina e planejamento adequados.
O que mais vemos, são pessoas que treinam quase que diariamente essa musculatura, usando de exercícios pouco efetivos e em grande quantidade, cargas baixas, e até algumas variações e invencionismos que podem por outras estruturas em risco, como a coluna, joelhos e tornozelos. Assim, algumas estrelas do treino para hipertrofia do bumbum são os agachamentos e stiff, com suas sensatas variações. Exercícios de abdução, 4 apoios, elevação de quadril, em termos gerais, são meros coadjuvantes, podendo mesmo ser excluídos dos treinos. Mais ainda se estivemos levando em consideração as variações bizarras desses movimentos encontradas nas redes sociais...
Se podemos encerrar com alguns conselhos, aqui vão:
- Vá além da estética, encare seus treinos como um cuidado com a saúde;
- Treine o corpo inteiro com a mesma dedicação (nada de foco 100% nos glúteos, tampouco ignorá-lo completamente);
- Descanso é fundamental para toda musculatura. Dê tempo suficiente para recuperar-se e aplicar no estímulo aos glúteos.
- Se a dor muscular aparecer nos dias seguintes, identifique se se trata apenas da recuperação muscular,
ou algo de errado que possa ter provocado uma lesão; se a dor não apareceu, não significa que o treino foi inútil (isso é mito)
- Tira o olho da bunda do(a) outro(a) na academia. Não seja inconveniente.
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